terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quando nós morremos sem Cristo é verdade que vamos para o tormento que ainda não é o inferno? E, quando morremos em cristo é verdade que vamos para o

Quando nós morremos sem Cristo é verdade que vamos para o tormento que ainda não é o inferno? E, quando morremos em cristo é verdade que vamos para o seio de Abraão que ainda não é o céu? O que é seio de Abraão? O que é ceio de abraão?
Pergunta enviada por Christianne - Rio de Janeiro, em 13/11/2007
A expressão seio de Abraão aparece em Lucas 16,22, no contexto da consolação dos justos depois da morte e da intimidade que estes terão com o “pai Abraão”.
O texto é aquele da parábola do rico e do pobre Lázaro e diz: “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão.” Trata-se de uma expressão judaica que traduz a antiga frase presente no Antigo Testamento ‘reunir-se a seus pais’, ou seja, reunir-se com os patriarcas (veja Juízes 2,10: “E quando toda aquela geração, por seu turno, se reuniu a seus pais, sucedeu-lhe uma outrar geração que não conhecia a Iahweh nem a obra que le tinha fieto por Israel.”). Revela também a realidade da promessa feita aos patriarcas que é transmitida aos verdadeiros filhos de Abraão, ‘pai na fé’, que participarão, com os patriarcas, ao banquete celeste. Em Mateus 8,11 lemos: “Mas eu vos digo que virão muitos do oriente e do ocidente e se assentarão à mesa no Reino dos Césu, com Abraão, Isaac e Jacó...”

A união com Abraão, o estar no seio de Abraão, portanto, pode ser considerado como uma evocação da era messiânica, que a partir de Isaías pode ser visto como um banquete (Isaías 25,6; 55,1-2). Portanto, em prática, “seio de Abraão” significa uma realidade celeste, o céu segundo nossas categorias teológicas e morais.

Para onde vamos depois da morte é um mistério. Não mistério no sentido de coisa escondida, mas mistério como algo compreensível somente no âmbito da fé. Sabemos que temos uma “moradia” preparada para nós e que somos destinados à vida eterna, mas não como isso acontecerá. Graças, também a influências de obras literárias como a Divina Comédia de Dante, pensamos sempre em Céu, inferno e Purgatório, como 3 ‘locais’ para onde iríamos depois da morte. O purgatório é uma categoria teológica católica. O céu reservado aos justos, o inferno àqueles condenados e o purgatório, como se deduz do nome, àqueles que devem purificar-se de seus pecados, mas que não são definitivamente condenados ao inferno. Portanto o purgatório seria um tipo de ‘sala de espera’ para o céu e as pessoas que ali se encontram seriam destinadas ao céu e não ao inferno. Digamos que embora ainda vigente, tal teologia não é mais muito enfatizada. Mesmo por que se depois da morte não existe mais a categoria ‘tempo’, como se pode ficar ‘por algum tempo’ num lugar? De qualquer forma se sublinha que o purgatório não é um lugar e nem uma punição divina, mas sim um dom de Deus que acolhe o pecador que, embora de modo imperfeito, caminhava na graça. Tal idéia é ligada com a tradição da oração pelos mortos, que se baseia sobretudo em 2Macabeus 12,42-45, quando Judas Macabeu e a multidão rezam por soldados mortos lutando pela causa dos judeus, mas que haviam cometido um pecado, para que os seus pecados sejam perdoados.

Várias confissões não concordam com a doutrina da igreja católica, pois retém que a argumentação baseada em 2Macabeus não é válida, visto que é um livro que não faz parte da bíblia dos judeus e, por isso, também não está na bíblia de Lutero.

conferencista charleston scarparo

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