terça-feira, 25 de agosto de 2009

Por que antiguamente, na Bíblia, as pessoas morriam muito mais velha do que hoje?

Por que antiguamente, na Bíblia, as pessoas morriam muito mais velha do que hoje?
Pergunta enviada por Laryssa Linhares Assis - Teófilo Otoni, em 17/01/2009
A sua questão suscita a curiosidade de tantas pessoas. A pessoa mais velha que encontramos na Bíblia é Matusalém, que morreu com 969 anos (Gênesis 5,27). Os patriarcas, que viveram antes do dilúvio, de Adão até Noé, viveram, segundo o texto sagrado, de 969 a 365 anos e até o período de Abraão a idade das pessoas variava entre 600 e 180 anos. No período que vai de Abraão até Josué a Bíblia fala de uma média de vida que vai de 180 a 110 anos (Gênesis 35,28; 50,26; Josué 24,29).

A respeito destes números temos que ser categóricos, sem medo de errar: não se trata de anos reais, pois esses números são referidos somente a personagens bíblicos inseridos dentro de uma linha genealógica que tem como intenção mostrar como as promessas divinas sejam efetivamente reais e fiéis. Portanto são números simbólicos e a sua razão não deve ser buscada em cálculos e hipóteses estranhas.

A longevidade é dom de Deus (Salmos 21,5), que é concedida àqueles que vivem segundo a vontade divinda (Jó 36,11; Provérbios 3,2; 16,31). As promessas divinas ligam o número de anos de vivência com a observância dos mandamentos. Onde Deus encontra a obediência humana a tais promessas, como em Moisés e em Caleb, garante ao homem, apesar dos anos avançados, a conservação das energias físicas (Deuteronômio 34,7; Josué 14,10; Salmos 92,15), enquanto que o juízo de Deus pune a pessoa antes que esta chega à velhice (1Samuel 2,31.32). É por isso que mais tarde, na literatura sapiencial, o fato que os ímpios vivem mais do que os fiéis se torna um motivo de tentação e de escândalo (Jó 21,7.13).

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